sábado, 27 de dezembro de 2014

Máscara

*

No momento em que mais gritei seu nome
Tu fingiste não ouvir.
Quando chorei de dor
Tu estavas preocupado em ajustar sua máscara...
Não quis ouvir a minha historia.
Ao cruzarmos aquela  rua,
Tu mudaste o rumo para não falar comigo.
A dor  passou...o vento soprou forte, mudei a direção.
Mas o tempo é inimigo da memória.


Apaga impiedosamente os rastros, os lapsos, os passos.
Te esperei de braços abertos
Oh, meu amor,
Não para compartilhar a sua indiferença...
Essa máscara é sua.
 Circulou no carnaval das ruas de Salvador


Rodopiou no salão de Olinda,
Seguiu o Galo da Madrugada
Dançou frevo nas ruas de Recife.
Embriagou-se de folia do sambódromo no Rio
Ficou tonta e caiu,
Escorregadio esse chão...
Mas de pé e sem máscara
Estendi novamente a mão.



nov. 2014



* Foto: Taylor James ( disponível na WEB)

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