sábado, 9 de dezembro de 2017

Que o seu natal...( mensagem)

Seja mais que um momento de reflexão…
Sobre as coisas realizadas e adiadas para dia, mês ou ano seguinte.
Seja realmente, um natal de transformação.
O que mudou em você  ou o que  você conseguiu mudar com suas atitudes?
Desejar a transformação  do outro não basta.  Dê o primeiro passo.
Se houve mágoa, lembre-se de que o perdão existe.
Se houve choro um dia, a alegria poderá ser mais duradoura.
Se houve cansaço, o descanso é necessário.
Se houve angústia,  aquiete-se o coração,  porque a esperança não morre.
E Natal é mais que uma data.  É a esperança de uma festa da união, solidariedade.
Onde ricos, pobres, brancos, negros, índios possam viver em paz.
Independentes das religiões,  partidos políticos e cores assumidas.
Para que a Paz invada o planeta e cesse todas guerras.
Internas e externas.
Um homem em paz transforma um lar.
Um lar em paz produz filhos saudáveis que modificam um bairro.
Um bairro em paz chama a atenção da cidade.
Uma cidade em paz é cartão postal do estado.
Um estado de paz  é BÊNÇÃO.
Bênção é individual,
Intransferível.
Que o seu Natal seja de bênção.
Paz!
                     E. Amorim

sábado, 7 de outubro de 2017

Procura-se




Procura-se

Uma agulha no palheiro,

Capaz de costurar cada texto

Num ritmo alucinado,

Para que não fique desatado,

E saia sem rumo certo

Em busca de um leitor

Que o abrace de verdade

Seja jovem ou meia-idade. 


 Procura-se

Uma mão amiga

Que não carregue espinhos,

Marcada pela labuta diária

Mas capaz de transmitir carinho,

Neste mundo tão cruel

Onde o mal se estabelece

Fazer o bem é caretice

Filosofia de quintal... 



Procura-se

Aqui, ali, acolá

Uma sociedade mais justa

Onde o pobre, negro, gay possam andar

Livres do preconceito,

Onde direito seja direito

Não importa o lugar.

Entre os fios conectados

Ou entre as palhas a voar

Vou persistir,
Procurar,

Desmontar,

Até a minha agulha encontrar.

E. Amorim/ 2017 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

A festa acabou...


Não existem lâmpadas nas praças,
 Todos  os enfeites juninas já retiradas.
Portas já foram tomadas de assalto.
E a segurança pública falhou.
Cadê o José? Cadê a Maria?
José morreu de frio, uma morte Severina.
Do trio elétrico não sai nenhum chorinho.
A festa acabou...

Quando a festa acaba,
Copos, garrafas, sonhos...
No chão.
Não posso gritar
Continuo amordaçado,
Ferido, invisível.
Queria chegar até o mar,
Mas falta transporte publico.

Resta o quê?
Gemer,
Sofrer,
Tremer.
Porque a festa acabou,
E nesse friozinho de inverno,
Sem forró nem arrasta-pé
Sem o meu José, vivo nessa agonia
              Que falta sinto de um cobertor.
              E continua minha vida Maria.


                 Elisabeth Amorim

sábado, 17 de junho de 2017

São João

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No mês de junho
O nordeste muda de cor
Bandeirinhas tremulam no alto
Fogueiras são queimadas
E a bebida típica é o licor.
Do milho  faz-se a canjica
E o sanfoneiro faz bonito
E a sinhá dança com o sinhô.


Esquecem-se  da seca
Dançam quadrilhas até o sol raiar
Dando “Viva São João!”
O nordestino entra em cena
Cada cidade vira arraiá
Mesmo com a carteira vazia
Sonho? Festa junina...
Com hora marcada para acabar.


Cada vez mais consumista
a festa religiosa regional
Fogos, bolos, licor,
Milho verde, laranja, amendoim...
A comida é tradicional
Não pode soltar balão!
24 de junho vem chegando...
 Xote, baião, forró, sofrência e coisa e tal.











quarta-feira, 17 de maio de 2017

Aprenda a ler poesia

A dica é essa!

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domingo, 9 de abril de 2017

A Última Ceia ( cordel)


De repente percebi
Que  trago o  vinho na mão
O pão também está aqui
Tudo em nome da comunhão
Antes da ceia começar
Preciso voltar ao passado
Para essa história contar.
              II
Há mais de 2 mil anos
Quando tudo começou
Esse fato não  é engano
Aconteceu com Jesus, o Salvador
Na Bíblia está escrito
Para judeu ou não judeu
A trajetória de Jesus Cristo.
                  III
Não vou falar  do nascimento
Mas da traição que um justo sofreu
Lendo o Novo Testamento
Lucas quem escreveu
Sobre a última ceia, traição e prisão
Está no capítulo 22
A saga da crucificação.
            IV
Queriam matar Jesus
Mas sem chamar muito a atenção.
Pois seus milagres eram como luz
Iluminando o povo na escuridão.
“orai, para que não entreis em tentação”
Sabia que um discípulo iria delatar
Como sinal de traição.
                V

Era um beijo na sua face
Para identificá-lo na multidão
Judas Iscariotes sem disfarce
Beija-o como  irmão.
Em seguida Jesus foi identificado
“O Filho do Homem foi traído”
Logo seria preso e crucificado.
                         V
Antes da crucificação
A última ceia  aconteceu
Reunidos como irmãos
Ao Pai agradeceu.
Mesmo sabendo que sua hora chegou
Não deixou de ensinar
Quanto é bonito semear o amor.
              VI
Jesus já havia cumprido a missão.
Pedro, um discípulo,  ficou indignado
Queria saber de onde viria a traição.
Jesus o deixa sossegado
Disse-lhe que antes que o galo cantasse
Até Pedro o teria negado.
                    V II

Ele sabia que iria morrer
Não ficou desesperado
Preparou-se  para sofrer
Pois sabia que seria humilhado.
Mas o Pai não descansa
Mesmo nas horas mais difíceis
A mão dele nos alcança.
                       VIII
E depois de forte temporal
Vem a bonança
A Última Ceia foi sem igual
Porque Jesus é esperança!
E no repartir do  vinho e pão
Simbolizando o corpo e o sangue derramado na cruz
Ele foi para Oliveiras em total meditação.
                              IX

Caro leitor,  não tenho intenção de doutrinar
Mas usar a confiança de Jesus como exemplo
De uma fé que jamais poderá faltar
Dentro ou fora de algum templo.
Este cordel  é para dizer
Mesmo que tudo parece perdido,
A solução poderá estar dentro de você.
                                  X
A Última Ceia  do Senhor
Não foi de lamentação
Mesmo sabendo que destino teria
Usou seu  tempo para deixar essa lição.
Mesmo que as tempestades invadam seu lar
Quebrem as sementes e libertem serpentes...
O Deus nunca falhou nem falhará.



segunda-feira, 20 de março de 2017

Simplicidade




É apreciar a natureza
Viver o  lado criança,
Olhar as flores, folhas e
desfrutar os frutos.
Caídos no chão,
Ora pisoteados ora saboreados
Numa dual  profusão  de cores
e sabores.
Encontrar-se no emaranhado de tintas
e capturar a esperança.

É não querer o mundo só para si
Sem impor  verdades absolutas
Mas viver bem no seu mundo
Compartilhando  coisas boas,
Fazendo  apenas o que  convém.
Para alguns o pouco é muito
Faz  diferença, sabia?
as sobras da fartura.

Não é gritar o amor nas janelas alheias,
Mas amar em silêncio ensurdecedor, inquietante.
Não precisa concorrer com o canto dos sabiás
Nem o voo das águias,
 o amor transporta- nos
a tal dimensão insondável
saltitante.

Simples assim, não?
Amar a vida como ela é,
 sem medo de errar,
 E se errar...
é por não respeitar,
             vida, natureza,  criança.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Lamento dos Candangos ( cordel)


É  por conta dessa vida besta
Que passa no meu sertão
Rumo esperançoso para o Centro-oeste
Mas não quero que me chame de cabra-da-peste
Sou mais um  guerreiro cidadão
Só larguei o meu Nordeste
Por falta de opção.
      II
Falaram que na nova capital
De tudo vamos encontrar
Terá trabalho para todos nós
E a nossa vida vai melhorar.
Não quero saber de ostentação
Depois que ganhar um pouquinho de dinheiro
Volto correndo para o sertão.
              III
Eita vida amargurada,
Tive que deixar  para trás a secura,
Menino, mulher e toda a bicharada
Primeiro vou sozinho em busca da fartura
Vou trabalhar e  ficar rico na Esplanada
Na capital que será construída
Vou com certeza melhorar de vida.
               IV
O sonho de JK
Me  pegou desprevenido
Sem dinheiro, trabalho, morada
Larguei o sertão e vim para cá.
Achei que aqui teria conforto
Minhas mãos estão calejadas
Mas nada da construção posso desfrutar.
          V
Eu sou mais um nordestino peão
 Sonhador e esfomeado.
Pedreiro de profissão,
Dizem que chegaram a 80 mil
Noite e dia na construção
Cimento, tijolo, cal, sangue e suor
Para inaugurar Brasília em 21 de abril.
                  VI
Candangos  fomos batizados,
Forma discriminatória de identificação
 Um povo que ajudou com lágrimas
Construir essa nação.
Sem direito sobre o próprio destino,
Erguemos cada luxuosa construção.
 Sem espaço, expulsos os pobres  nordestinos...
                                   VII

Não somos candangos, mas guerreiros!
Tristes, trabalhadores  pioneiros,
Sedentos, famintos, massacrados...
Mas  na Praça dos Três Poderes
Graças à arte de Bruno Giorgi
 “Dois Guerreiros” com 8 metros de altura
Fomos finalmente homenageados ali.
                   VIII
Só  estou nesse lamento
Porque esse Brasil precisa mudar
Expedito e o Geldemar
 Soterrados na construção
E  só assim o povo  veio notar.
Brasília foi sonho dele...
Mas muitos  candangos morreram sem sonhar.

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 Estátua "Dois Guerreiros"muito conhecida como "Os Candangos".  Uma homenagem aos trabalhadores que morreram na construção de Brasília, em especial  os pedreiros  Expedito Xavier Gomes e  Geldemar Marques.