quinta-feira, 30 de julho de 2015

Caminhos (mensagem)



Na trajetória da vida por mais espinhos que você tenha pisado na largada, por mais sujeira que tentou colar na sola dos seus pés  ou  armadilhas tentando impedir o seu caminhar,  o importante é como você soube lidar com os obstáculos e cumpriu a sua jornada, atingiu  a sua meta  com a consciência tranquila. Porque muitos saem na largada, mas poucos ultrapassam a linha de chegada.   
Não pense que é fácil vencer. Não pense que é fácil conquistar. Não pense que é fácil  driblar  a dor, a doença, o desemprego,  a fome, e talvez pior, driblar a ignorância,  mas muitos conseguem. Muitos saem da lama na qual foi jogado e se erguem e caminham, caminham  e vencem.   Sabe por quê?  Porque temos vários caminhos a nossa frente. Podemos prosseguir o mais estreito ou o mais largo. O mais curto ou mais comprido. O mais florido ou com apenas árvores frutíferas.  O mais fácil ou o mais difícil.  A vida é assim, permeada de caminhos, atalhos e curvas.  Nem sempre o caminho mais curto é o melhor, mais fácil ou  mais satisfatório.  Busque sempre a sua consciência. Seja ético em qualquer decisão escolhida.
Quando digo que temos vários caminhos, porque poderia sentar-me numa curva qualquer  e lamentar por problemas mais velhos que o mundo: Preconceito racial,  prostituição,  violência urbana, discriminação,   corrupção, desemprego...  lamentação  é apenas  um caminho.  Podemos buscar outros caminhos?   Há quem prefira atalhos, chegar primeiro,  pular etapas não significa “ser  vencedor”.  Por outro lado, há caminhos que nos conduzem para o bem.  Há caminhos que direcionam para ações solidárias, éticas e inteligentes.
Qual é o melhor caminho? Essa resposta está dentro de cada um.  Nem sempre o meu melhor é compartilhado pelo leitor ou vice-versa.  A vida é uma via de mão dupla, ela vai e vem.  As nossas ações são circulares e  assim como Martin Luther King dissera um dia “I have a dream!” eu  também quero sentir orgulho de ver esse país modificado, com  as portas abertas para a literatura local.  Quero conhecer pessoas que compartilhem literatura, pintura, escultura  nas redes sociais, o que ganharemos? Cultura. E antes que alguém repita que a literatura não enche a barriga, confesso, desde que a conheci jamais senti fome de palavras.   E em mim, persiste aquela satisfação de sugerir caminhos...
               
                                                       Eu, Elisabeth Amorim





terça-feira, 28 de julho de 2015

Dois em um*


Não adianta negar
Somos dois em um
Por onde você andar
Sem motivo algum
Do seu lado hei de estar.


Você irá me encontrar
Entre palavras e promessas
Na tela do seu celular
Degustando-me sem pressa
Como um vício que durará.

Um vício literário
Que não caberá em si
Terá que sair do armário
E espalhar a cultura que vê aqui
E mudaremos esse cenário.


Escrevo só para ti
Assuma, somos dois em  um
Não terás como fugir
De uma historia tão comum
É um laço sem abrir.

Nosso pacto foi selado
Você de lá eu de cá
Vendo esse mundo modificado
Com esse abraço sem tocar
E um coração desenhado.

Não disse a você?
Somos dois em um
Mesmo sem perceber
Procura-me sem motivo algum...
 E invado todo o teu ser.

                                              E. Amorim

*para meus leitores anônimos. 


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Quem disse?


Que  o sonho acabou?
Que Papai Noel não existe?
Que poesia não tem valor?
Que ninguém valoriza quem persiste?


O dia amanheceu devagarinho
E os sonhos voaram novamente
Encontrarão em qualquer cantinho
Algum sonhador que se pareça com a gente...


E dessa união saudável
Quem disse que abro mão?
Tornaremos esse mundo mais habitável
Enviando poesia para o irmão.


Quem disse que não é possível sonhar?
 Que poesia é careta?
Continuo a acreditar
Em modificar o ciberplaneta.



Quem disse? Quem disse? 
Ah, precisa me conhecer
Apresente-me a quem disse
Que eu iria desistir de você.

Elisabeth Amorim







sábado, 25 de julho de 2015

Disneylândia


No meu sonho infantil
Mickey e Minie habitavam
Contavam-me histórias engraçadas
E nos primeiros quadrinhos eu viajava.

No caminho encontrava com Pluto
Pateta era o meu favorito
Talvez pelo seu  estranho nome
Através dele ouvia o meu grito.

Era tudo colorido
Alegria sem igual
Rapidinho a gente cresce
E tudo volta ao normal.

O sonho  não diminuiu
Visitar  os Estados Unidos  é uma esperança
A gente quer tão pouco
Talvez reencontrar a nossa criança.





sexta-feira, 24 de julho de 2015

Um passarinho me contou...


Que hoje floriu em seu jardim
Bateu a saudade sem fim
E você pensou em mim.

Um passarinho me contou...

Que uma lágrima rolou
Teimosa, sua face molhou
De uma saudade que nem notou.

Um passarinho me contou...

Que dessa vez é para valer
Tudo de bom irá acontecer
Você irá deixar de sofrer.

Um passarinho me contou...

Que a alegria voltou
O alimento agora tem sabor
E a vida mudou de cor.

Um passarinho me contou...

Que os seus braços estão abertos
Querendo-me sempre perto.
Tirando-me do deserto.

Um passarinho me enganou...


Nem tudo é fantasia.
Há muitas noites frias

E corações sem amor.

                                              Elisabeth Amorim

terça-feira, 21 de julho de 2015

Um amor assim...



Há muito queria te dizer
Entre as mil formas de demonstrar
Prefiro apenas escrever
Essa é a minha forma de amar.

Amo-te sem razão
E também sem as tuas  promessas
Acordos nem  aperto de mão...
Talvez, por não ter limites nem  conversas.

Um amor assim...
Incondicional.
Suave como uma flor do jardim
Sempre lindo, sem igual.

Tu me levas a loucura
Com essa indiferença insana
Mas vivo e respiro você,  criatura
E no silêncio sei que me amas.


Procura-me diariamente
Ó Literatura, sei que precisas de mim!
Estou aqui  presente.
Com esse amor assim.



                                Elisabeth Amorim

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Aprendendo com as borboletas ( mensagem)

     Quantos de nós adiamos as ações de ontem para amanhã?  Empurramos o lixo para  debaixo do tapete para não pegar o aspirador de pó ou  uma vassoura para expulsá-lo.  Sabe por que fazemos isso?            Porque nos esquecemos da brevidade da vida. Será que o amanhã é nosso mesmo?
     O único tempo que temos domínio é  o agora, esse presente que estamos vivenciando. Eu, escrevendo, voando como  uma borboleta e você lendo, e com certeza, fazendo também a sua viagem. 
     Que tal olharmos a vida de uma borboleta? Ela passa um determinando tempo sendo o quê? Um lagarto qualquer, dentro do seu casulo, despertando em muitos de nós a  repulsa, talvez, indiferença. Será que conseguimos ver a beleza de uma borboleta ainda dentro do casulo?  Depois do cumprimento da sua  missão, surgem as asas.  Eis a transformação!
     As borboletas tem uma vida curta. Nem por isso elas permanecem no casulo, acomodadas ou preocupadas com fugacidade do tempo.  As borboletas mesmo com as frágeis asas,  voam.  Talvez, se elas pensassem nas fragilidades das asas, na brevidade da vida, efêmera  beleza, permaneceriam assustadas em seus locais de conforto, quem sabe assim nunca seriam notadas. Será que escondidinhas  seriam felizes?
    A vida pode ser breve, mas a vontade de  enfeitar os jardins, colorir a paisagem, sair do cativeiro é maior.  E as borboletas aproveitam os poucos dias de vida e nos proporcionam uma das mais belas lições de autoestima.
     Voe! Abra suas asas! Não aceite menos que a liberdade!  Viva a sua história! Invista no seu potencial! Saia do seu local de conforto! Percorra o seu mundo enquanto há vida pulsando em ti.  Enfim, a  beleza não está apenas nas minhas asas, mas no que posso fazer com elas enquanto as tenho.  


                                                Elisabeth Amorim
              Conheça a infinidade de textos  dessa escritora baiana, se caso gostar de algum, compartilhe, assim você estará ajudando a nossa literatura baiana.
  https://toquepoetico.wordpress.com/( semeando a literatura das margens)
  http://bethamorim.blogspot.com.br (literatura desmontada e cia)
  http://www.recantodasletras.com.br ( em versos e prosas  comentados)
  http://sohumorsaudavel.blogspot.com.br/  ( ria a valer...)

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Sonho de criança



Quero ser criança
Para correr na rua
Andar descalça
Pular, gritar, sorrir e ser feliz.

Quero ser criança
Para dançar em frente ao espelho
Experimentar as roupas do adulto
Dançar, girar e ser feliz.

Quero ser criança
Para subir em árvore
Cair e sofrer pequenos arranhões
Chorar , limpar as lágrimas e ser feliz.

Quero ser criança
Para brincar na escola
E ter de volta a  esperança
E sonhar sem cola e ser feliz.

Quero ser criança!
Quero ter esperança!
Quero ser...  criança
Quero ser... esperança!

                                            Elisabeth Amorim


https://toquepoetico.wordpress.com/ 
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=161039
http://bethamorim.blogspot.com.br/ 



*tela de Ivan Cruz, Brincadeira de roda .


sábado, 11 de julho de 2015

Liberdade ( poesia)


Elisabeth Amorim

*


Dom divino e precioso
É o poder de ir e vir
Liberdade , Oh, liberdade!
Algo que me faz sorrir.


O respeito a diversidade.
Seja branco ou  preto como carvão
Liberdade é  a chama acesa
Que aquece  o coração.

Liberdade para  ser lida
Sem  o passaporte  de escritora
Espalhar  para o mundo
Rabiscos de uma sonhadora.

Liberdade para voar
Como uma tocha universal
Com apenas um propósito
Divulgar a paz mundial.

Desejos em  versos tortos
Dessa   literatura aprendiz
Que  a LIBERDADE  seja  companheira

De uma trajetória feliz.




* Estátua da Liberdade, Nova York

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Sou vida...

Elisabeth Amorim


Na complexidade das horas
Sou ponteiro  que pende...
Na dúvida do momento
Sou as perguntas que não se calam...
Na solidão do  quarto
Sou a sombra que vela...
No desejo mais profundo
Sou a satisfação literária...
Na escuridão da noite
Tento ser luz,
Pois esse dom é Dele...
JESUS.
Mas em cada amanhecer,
As energias  se renovam
Forças se agigantam,
Desejo-lhe
Paz,
Saúde,
Vida,
Afinal, 

Fui vida...Sou vida...Serei vida...


                                                                   




domingo, 5 de julho de 2015

Sem inspiração (poesia)



Quando a dor é forte
Não sabemos onde ela começa
Nem  o limite da  sua fronteira
Vivenciamos  cada hora traiçoeira

Que as lágrimas sem um norte
Rolam sem parar...


Oh, instante que ameaça!
Sempre presente,
Até o relógio  parou de funcionar...
tic...tic...tic...


Como uma goteira incômoda
Grito em silêncio.
Enquanto os cisnes namoram
Admiro-os  sem inspiração.
E as lágrimas,
tac...tac...tac...