Na trajetória da vida por mais espinhos que você tenha
pisado na largada, por mais sujeira que tentou colar na sola dos seus pés ou armadilhas tentando impedir o seu caminhar, o importante é como você soube lidar com os
obstáculos e cumpriu a sua jornada, atingiu a sua meta com a consciência tranquila. Porque muitos
saem na largada, mas poucos ultrapassam a linha de chegada.
Não pense que é fácil vencer. Não pense que é fácil
conquistar. Não pense que é fácil
driblar a dor, a doença, o
desemprego, a fome, e talvez pior,
driblar a ignorância, mas muitos
conseguem. Muitos saem da lama na qual foi jogado e se erguem e caminham,
caminham e vencem. Sabe
por quê? Porque temos vários caminhos a
nossa frente. Podemos prosseguir o mais estreito ou o mais largo. O mais curto
ou mais comprido. O mais florido ou com apenas árvores frutíferas. O mais fácil ou o mais difícil. A vida é assim, permeada de caminhos, atalhos
e curvas. Nem sempre o caminho mais
curto é o melhor, mais fácil ou mais
satisfatório. Busque sempre a sua
consciência. Seja ético em qualquer decisão escolhida.
Quando digo que temos vários caminhos, porque poderia sentar-me
numa curva qualquer e lamentar por
problemas mais velhos que o mundo: Preconceito racial, prostituição, violência urbana, discriminação, corrupção, desemprego... lamentação
é apenas um caminho. Podemos buscar outros caminhos? Há quem prefira atalhos, chegar primeiro, pular etapas não significa “ser vencedor”. Por outro lado, há caminhos que nos conduzem
para o bem. Há caminhos que direcionam
para ações solidárias, éticas e inteligentes.
Qual é o melhor caminho? Essa resposta está dentro de cada
um. Nem sempre o meu melhor é
compartilhado pelo leitor ou vice-versa.
A vida é uma via de mão dupla, ela vai e vem. As nossas ações são circulares e assim como Martin Luther King dissera um dia “I
have a dream!” eu também quero sentir
orgulho de ver esse país modificado, com as portas abertas para a literatura local. Quero conhecer pessoas que compartilhem
literatura, pintura, escultura nas redes
sociais, o que ganharemos? Cultura. E antes que alguém repita que a literatura não enche a barriga, confesso, desde que a conheci jamais senti fome de palavras. E
em mim, persiste aquela satisfação de sugerir caminhos...
Eu, Elisabeth Amorim