De repente, um grito
ecoa
Atoa,
Sem direção
Percorre enviesado às ruas,
Praças e jardins,
locais ermos na
escuridão.
“_ Solte-me! Socorro!”
Paro, penso, ouço...
Corro?!
Não quero ser
laçado...
A um grito estranho
Possivelmente,
saído do morro.
Tento esconder a minha mão.
Minha consciência,
Negra?!!!
Não me acusou.
Não matei,
Não roubei,
Ignorei
O grito que ecoou
Vindo daquela direção.
Estou ligado,
Desligado.
Não queria me
envolver.
Não posso nessa rede virtual
Compartilhar literatura?!
Mesmo negada,
Faz parte da cultura.
Neste palco digital
Exibo, mascaro, idealizo,
Onde também sou ator,
Em vão tento não ser capturado,
Em vão.
Réu confesso,
Vivo. Realizo.
Compartilho,
E dou asas a imaginação.
Elisabeth Amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário