Não existem lâmpadas nas praças,
Todos os
enfeites juninas já retiradas.
Portas já foram tomadas de assalto.
E a segurança pública falhou.
Cadê o José? Cadê a Maria?
José morreu de frio, uma morte
Severina.
Do trio elétrico não sai nenhum
chorinho.
A festa acabou...
Quando a festa acaba,
Copos, garrafas, sonhos...
No chão.
Não posso gritar
Continuo amordaçado,
Ferido, invisível.
Queria chegar até o mar,
Mas falta transporte publico.
Resta o quê?
Gemer,
Sofrer,
Tremer.
Porque a festa acabou,
E nesse friozinho de inverno,
Sem forró nem arrasta-pé
Sem o meu José, vivo nessa agonia
Que falta
sinto de um cobertor.
E
continua minha vida Maria.
Elisabeth Amorim
E a saudade que deixa quando a festa acaba???? Muito profundo seu poema, adorei!!! Beijos e semana maravilhosa!!!
ResponderExcluirValeu. Lúcia. Um grande e fraterno abraço.
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