Olho para o espelho
Não vejo mais a juventude
Busco a mulher que fui
Cadê a maciez da pele?
E resgato a mulher de atitude.
Tenho rugas sem igual
Uma beleza sublime a pele marcou
A juventude ficou para trás
A experiência chegou
Como retoque da maquiagem natural
Espelho, espelho
meu...
Por que me enganaste?
Acendeu-me inteira
E minhas marcas apagaste.
Quero amar e ser amada
Envolver-me por inteira
Perder-me nesta jornada
Ser a tua mulher primeira.
Das marcas de mulher
Que o tempo deixou em mim
No espelho que utilizo
A maciez da pele é
sem fim.
Ó estúpido espelho!
Tu vives a me enganar
Como aquela serpente
Que prometeu o paraíso...
Transformaste o passado em presente.
Mas para o meu amor
Esqueceste de avisar.
Amorim
8 de Março, Dia Internacional da Mulher
* Frederick C. Frieseke, Mulher com espelho. ( disponível na WEB)
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