Insistem em me chamar de rebelde,
Selvagem,
Exótica,
Diferente,
Ousada,
Sou mulher!
Meus seios mostram que sou mulher.
Meu corpo é de mulher.
Minha fala é de mulher.
Acredite se quiser.
Não procure delicadeza em mim
Se me tratam com agressividade
Se não respeitam as nossas matas
Se me olham com desconfiança
Por que sou assim?
Criticam a minha cultura
Esquecem do topless
Falam mal de minha
língua
E os dialetos?
E os diferentes falares?
Essa tal da
diversidade linguística serve mesmo para quê?
Tentam apagar a minha historia e ignoram a minha literatura.
Sou mulher!
Chamaram-me de índia, mas tenho um nome.
Acredite se quiser.
Sou mulher!
Elisabeth Amorim
* NERIGHA, Índia com colar.
8 de março, Dia
Internacional da Mulher.
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