De repente sou incomodada pelo
barulho,
Quadrilha na praça!
Forró arrasta-pé ao som de uma
sanfona,
Não preciso sair de casa
para participar
A festa chega até aqui,
indiscreta.
Em meus ouvidos pega carona.
Tento concentrar-me, nada.
O cheiro de acarajé invade o meu
nariz.
Parece animado o forrozão,
A sanfona é abusada... não para de gritar.
Desisto, e rendo-me a esse barulho sem cessar,
Comemora-se o São João.
Num período caótico do país
Onde a palavra da moda é
corrupção.
Ouço agora: “É proibido
cochilar!”
Como posso dormir, então?
Ouço um Rio gritando: - Socorro!
A Cidade Maravilhosa em colapso,
Estamos vivendo um momento de
recessão.
Com olimpíadas de lá e de cá o São João,
Precisamos dessa sanfona,
Esquecemos problemas do morro...
Panelas a procura do feijão,
Se a sanfona parar, o trio elétrico
invadirá a festa.
Carnaval sem
educação?!