quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Carpe Diem

E. Amorim


Quanto tempo me resta neste jardim?
A vida é como um copo de cristal
 O seu uso   para o amanhã especial
 Planos  desfeitos, trincados.
Espatifados  no chão. Carpe diem .

O hoje não é bem  vivido,
Compartilhado.
Hoje é passado em branco
Ou em preto?
Em menos de um minuto, um filme  destorcido.


Pensamos que temos todo o tempo do mundo
Adiamos rebobinar  para as correções.
O pegar a borracha, o corretivo,
O  espelho...
 Olhares enviesados do submundo.

Qual o nosso tempo nessa rede?
Que historia  deixaremos?
Com quem  dividimos os  sonhos?
Por quê? Para quê?
As incertezas nos jogam contra a parede.


Só tenho a frente  paisagens bonitas
 Quanto a vida é preciosa!
Como foi bom acordar com o Sol no rosto.
 Preciso declarar o meu amor
Por esse DEUS de vitórias infinitas.

E quando   surge  inquietação?
É na pontinha do mar ao longe que pego carona.
E o céu  com as nuvens em festa me olha enciumado
Faz bichinhos de algodão para me alegrar
Eles  invadem a  varada do meu coração.
                                  
Em silêncio a dor não mais ameaça
Conto-lhe  segredos d’alma
Rimos desses  rabiscos sem nexos
E como um passe de mágica
A tristeza foge... a vida me abraça.



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