quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Suave Veneno


Julgaste-me    sem  conhecer
Esqueceste  das  artimanhas do lugar
Aqui, ali ou acolá
Há flechas querendo-nos  abater.

Que esperavas afinal?
Fugiste de mim
Acreditaste que eu era assim
Um anjo diabolicamente mau.

Minha historia?!  Quanta especulação!
Somos  o que queremos  ser.
Deixo a vida correr
Sem atalhos ou  contramão.

Sigo  de cabeça erguida
Com um coração cheio de amor
Sempre tive valor.
Agora a consciência que lhe castiga?

Volta o filme rapidinho
Procurando-me  em cada esquina
Talvez,  em busca daquela menina
Que negaste colo e carinho.

Não! Não  estava no seu plano,
A menina precocemente cresceu.
Mesmo sem apoio, sobreviveu
E faz versos do lamentável  engano.

 “Era uma vez...”   um  toque
De uma história triste que ficou para trás
 Indiferença não me atinge mais
 Porque nem tudo tem retoque.

De um jeito ameno
O vento levou...
 Garanto-lhe, nada  restou,
 Daquele suave veneno.

                                          Elisabeth Amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário