Julgaste-me sem conhecer
Esqueceste das artimanhas do lugar
Aqui, ali ou acolá
Há flechas querendo-nos abater.
Que esperavas afinal?
Fugiste de mim
Acreditaste que eu era assim
Um anjo diabolicamente mau.
Minha historia?! Quanta
especulação!
Somos o que queremos ser.
Deixo a vida correr
Sem atalhos ou contramão.
Sigo de cabeça
erguida
Com um coração cheio de amor
Sempre tive valor.
Agora a consciência que lhe castiga?
Volta o filme rapidinho
Procurando-me em cada
esquina
Talvez, em busca daquela
menina
Que negaste colo e carinho.
Não! Não estava no seu
plano,
A menina precocemente cresceu.
Mesmo sem apoio, sobreviveu
E faz versos do lamentável engano.
“Era uma vez...” um toque
De uma história triste que ficou para trás
Indiferença não me
atinge mais
Porque nem tudo tem
retoque.
De um jeito ameno
O vento levou...
Garanto-lhe, nada restou,
Daquele suave veneno.
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