sábado, 8 de agosto de 2015

Nascimento de Iaçu (cordel)


Atenção pessoal
Dessa vez é pra valer
De IAÇU vou  recontar
O que estão careca de saber
Pra início de prosa
Parabéns, Iaçu! Amo você.
        II

Localização territorial
Piemonte do Paraguaçu
Um lugar sem igual
Chamado de IAÇU
Onde há uma literatura muito criativa
 Em rede de Norte a Sul
                  III
Como surgiu  essa cidade?
Responda logo, quero saber
Ela é filha de uma fazenda, é verdade?
“Sítio Novo” respondendo a você.
Que pertencia a Santa Terezinha
Até a bendita nascer.
               IV
Então IAÇU surgiu
Do grito da emancipação
Banhada pelo rio
Que ajuda a região
PARAGUAÇU é o seu nome
Uma grande atração.
                V
Vou contar do comecinho
Conforme o fato narrado
Se aumentar um pouquinho
 Não condene esse pecado
Desde a colonização
Esse local foi destacado.
                VI
Seu nome é de origem tupi-guarani
“Água em abundância” é a tradução
Terras herdadas da coroa portuguesa, aqui
O Estevão Baião Parente pôs a mão
Em 1882  com a chegada da Ferrovia
Começou a entoar uma nova canção.
                    VII
Chega gente de lá para cá
Candangues eram atração
Família Medrado era dona do lugar
Enquanto as terras dessa região
Cachoeira, Curralinho e Santa Terezinha
Já fizeram a administração.
       VIII

Questão agrária gera confusão
E a nova população do  “ Sítio Novo”
Ansiava pela libertação
E para alegria do povo
Em 14 de agosto de 1958
E povo sorriu de novo.
                     IX

É uma cidade  menina...
Mulher de Branco, Mulher da Trouxa, Serpente do Paraguaçu
Cadeirudo, Lobisomem,  Rasga-mortalha, a coruja assassina
E Nego D’água entre outras, são lendas de Iaçu.
O Pote e As Três Gameleiras atrações desse lugar
Onde o  céu geralmente é mais azul.
                     X
Quase 30 mil habitantes neste lugar
Beneficiados pelo progresso da vizinha
Desde que a ferrovia veio para cá
Há causos da velha ponte que faz essa linha
Iaçu-Itaberaba e Itaberaba-Iaçu
E o que temos de mais forte, será que você advinha?
                                         X
Abóbora, objetos artesanais e melancia
São produtos  da nossa praça
Mas a riqueza que fantasia
Que a coloca no pódio com garra e  raça
É a LITERATURA DESMONTADA que propagamos
 Onde a poesia é nossa graça.
                                                  XI
Amigos,  preciso agora encerrar
Se você quiser conhecer a nossa cultura
O Toque Poético* vai lhe mostrar
A cidade é forte na LITERATURA
Só falta  aquele americano de “Tendas dos Milagres” ...
Para Iaçu em “Paraty” se transformar.

                                  
                                                         Elisabeth Amorim

·       * referência ao blog  que divulga a literatura baiana não-canônica “toquepoetico.wordpress.com”


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