Como se fosse para o meu bem
Um muro você construiu
Não ouviu ninguém
E em dois polos se dividiu.
Entre as grades e um zíper
O seu mundo existiu.
Sem motivo qualquer
Um de lá outro de cá
Acredite se quiser
Jogou-me uma rosa sem pensar...
Minha boca amordaçada
A resposta ansiava dar.
Mas a rosa murchou
Sem abrigo no concreto
Insensível, nem notou
Pensando está sempre correto.
Enquanto erguia novas barreiras
Sentia cada vez mais perto.
Consciente,
Percebeu o abismo criado
Desesperado quebra cada corrente
Invade meu mundo transtornado
Queria acabar com a solidão
Nem notou que eu havia mudado.
Não encontrou a adolescente
Mas uma mulher determinada
A não carregar velhas sementes
No caminhar da sua jornada.
O tempo passou tão de repente...
- Aprendi quão bom é ser amada!
-Quem aqui entrou?
Por onde você fugiu?
Quem lhe conquistou?
Quem essa barreira desconstruiu?
Respostas vagueiam na mente
Nem percebera que o zíper abriu...de
repente.
Beth Amorim
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