segunda-feira, 31 de agosto de 2015

De repente...


Como se fosse para o meu bem
Um muro você construiu
Não ouviu ninguém
E em dois polos  se dividiu.
Entre as grades e um zíper
O seu mundo existiu.


Sem motivo qualquer
Um de lá outro de cá
Acredite se quiser
Jogou-me uma rosa sem pensar...
Minha boca amordaçada
A resposta ansiava dar.

Mas a rosa murchou
Sem abrigo no concreto
Insensível, nem notou
Pensando está sempre correto.
Enquanto erguia novas barreiras
Sentia cada vez mais perto.

Consciente,
Percebeu o abismo criado
Desesperado quebra cada corrente
Invade meu mundo transtornado
Queria acabar com a solidão
Nem notou que eu havia mudado.

Não encontrou a adolescente
Mas uma mulher determinada
A não carregar velhas sementes
No caminhar da sua jornada.
O tempo passou tão de repente...
- Aprendi quão bom é ser amada!


-Quem aqui entrou?
Por onde você fugiu?
Quem lhe conquistou?
Quem essa barreira desconstruiu?
Respostas  vagueiam na mente
Nem percebera que o zíper abriu...de repente.

                                                                                Beth Amorim




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