domingo, 27 de setembro de 2015

Sem correntes (soneto)


Quando fui açoitada por prazer
Tu zombaste da minha dor
Negaste-me o direito de refazer
A minha vida que se despedaçou.



Primeiro insistiu em me mutilar
Quando o patrão se encantou por mim.
Para ele não ter o que apreciar
Em uma negra com cheiro de jasmim.


Quantas vezes me acorrentou despida?
Na doce ilusão de se vingar
Nem percebeu a   corrente rompida...


Meu espírito livre voou até o céu
Lá meu anjo sem preconceito de cor
Carrega-me no colo com amor.


                                                     Elisabeth Amorim

* Fabiano Rocha, Essência negra 2 -  

3 comentários:

  1. O Amor é liberdade viva, sem correntes nem preconceitos.
    Soneto marcante e belo.
    Parabéns

    Beijo
    SOL

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  2. Lindo poema, o qual expressa que o amor e liberdade, respeito e plenitude.
    Parabéns!

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